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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Cinema em Debate: "O Homem do Prego" de Sidney Lumet

A Faculdade Bagozzi convida alunos, professores, colaboradores e comunidade para participar da última sessão do ciclo "Cinema-História: Holocausto: representação, memória e negação", que faz parte do projeto Cinema em Debate. 
A próxima edição do evento ocorre sábado, 27 de junho, na Sala de Conferências da Unidade Portão, às 14h, com a exibição do filme "O Homem do Prego". 
O debatedor convidado será o cineclubista Miguel Haoni, fundador da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e do Coletivo Atalante. 
Haoni coordena os Cineclubes do Serviço Social da Indústria no Paraná, e ministra pelo Sesi oficinas de crítica e cineclubismo e minicursos de história e teoria do cinema. 
A entrada é gratuita e aberta à comunidade maior de 12 anos. Haverá pipoca e refrigerante para os participantes e a Faculdade emite certificado de horas de atividades complementares.



Cinema em Debate apresenta: 

"O Homem do Prego" de Sidney Lumet

Sol Nazerman é um sobrevivente do Holocausto nazista e hoje vive como operador de uma casa de penhores em Nova York. Ainda sob o trauma da guerra,tem lembranças constantes de seus terriveis momentos no campo de concentração.

Serviço:
dia 27/06 (sábado)
às 14h
Rua Caetano Marchesini, 952 - Portão, Curitiba, PR
ENTRADA FRANCA
 

domingo, 3 de agosto de 2014

O MOSAICO MORAL DE SIDNEY LUMET (FRAGMENTOS)


(Serpico, O Príncipe da Cidade, Q&A – Sem Justiça, Sem Lei, Sombras da Lei)

Quatro filmes, quatro protagonistas: Frank Serpico em Serpico, Danny Ciello em O Príncipe da Cidade, Francis Reilly em Q & A e Sean Casey em Sombras da Lei formam a aclamada tetralogia sobre a corrupção no Departamento de Polícia de Nova York. A classificação "policial", no entanto, é conceitualmente equivocada. Lumet trabalha numa chave muito próxima ao que cada um de nós conhece como ambiente de trabalho. Seus filmes são dramas, porque envolvem os personagens com os dilemas morais a que eles têm que se debater para ficarem em paz com suas consciências. Mais do que qualquer classificação que só agrada aos donos de locadoras, interessa a Lumet o quanto se perde em cada uma das escolhas feitas pelos protagonistas. São quatro, como já vimos, mas na verdade são um só: um homem que usa de sua posição, alta ou não, dentro do sistema policial de Nova York para tentar desamarrar o forte esquema corrupto que se montou. Poucas balas, poucas perseguições. Muitas dúvidas e conversas. Assim vivem os protagonistas desses filmes. Todos são reencarnações do mesmo Frank Serpico vivido por Al Pacino, até chegar ao mais acabado herói lumetiano: o Sean Casey feito por Andy Garcia em Sombras do Mal. 

(...)

Nota-se também a evolução do herói lumetiano. Frank Serpico é ingênuo. Acha que pode limpar o sistema policial sendo honesto. Briga com quem está a sua volta, é incompreendido, luta como se fosse um poderoso delegado, mas é apenas um patrulheiro de rua (mesmo quando é promovido a detetive). Danny é um detetive de certo respeito, mas que não consegue dormir por crises de consciência. Aprendeu que deve privilegiar os parceiros, mas não sabe que, quando resolve implodir a corrupção reinante, vai prejudicá-los, mesmo que não queira. Francis Reilly é assistente do promotor. Tem poder o suficiente para enfrentar os corruptos. Mas sente que seu pai, um respeitado e falecido policial, poderia ter seu nome manchado se tudo viesse à tona. Sean Casey chega a ser eleito Promotor de Justiça, mas mesmo assim sente-se incapaz de ir ao fundo do problema. E se ele não pode, ninguém mais pode. A série termina em tom mais pessimista do que começara. Para Lumet, a engrenagem não pode ser detida. Não haveria polícia, não haveria justiça. 

Mas Lumet, como já dito, preocupa-se muito mais com o interior de seus personagens. Em como seus heróis continuarão vivendo depois do fracasso de seus ideais. Nesse sentido, os quatro filmes vão adquirindo ares cada vez mais sombrios. De um abandonado Frank Serpico, exilado com seu cachorro, a um cético Sean Casey, cuja pequena nódoa no currículo parece ter aberto um enorme buraco em sua consciência, a ponto de ele não ver mais futuro algum em uma busca por honestidade no combate ao crime. De Danny Ciello sem saber onde enfiar a cara por ter sido desprezado em público por um pupilo a um Francis Reilly catatônico e desesperançado por ter descoberto que o próprio pai fazia parte do esquema que ele tentava desmontar.

Filmes desiguais. Serpico é mais pretensamente poético, mas é limitado por um personagem que parece viver em outro mundo. Lumet dirige o filme com segurança, e o protagonista chama atenção por ser muito hippie, num mundo onde os hippies já não tinham o mesmo espaço. Mas é um ser sem a menor ambigüidade, o que torna mais difícil nossa adesão à sua causa. O Principe da Cidade é o melhor deles, apesar de seus excessos. Pesam contra aqueles dizeres, tirados do caso real (que imprimem um traço documental ao filme, ao mesmo tempo em que procuram a poesia a qualquer custo), alem de uma certa ingenuidade do protagonista (resquícios de sua encarnação como Frank Serpico). Mas é o que tem o melhor trabalho de câmera, e o mais bem enquadrado de todos. Lembra o Lumet inicial de Doze Homens e uma Sentença, onde o quadro era pensado de acordo com a influência que cada personagem exercia no outro. 

(...)

O que torna ainda mais rica a experiência de rever a série é que, assim como seus protagonistas, também Lumet aperfeiçoou seu ponto de vista, aprimorou seu método em direção a uma economia de informação que fez muito bem aos filmes. Percebe-se o quanto os erros de Q & A foram necessários para Sombras da Lei. E o quanto O Principe da Cidade tem de resposta a Serpico. Dois protagonistas de origem italiana, nos dois primeiros filmes, deram lugar a dois de origem irlandesa, nos filmes seguintes. Um italiano que não consegue se relacionar com as mulheres (Serpico), em parte por sua obsessão incontida pela honestidade a qualquer custo, um irlandês que pode perder a mulher de sua vida por não saber lidar com seus próprios preconceitos (Q & A). Outro italiano que tem a mulher sempre a seu lado, mesmo nas escolhas erradas, mesmo quando, contrariando a vontade dela, segue num jogo perigoso e que pode descambar na traição (O Príncipe da Cidade), outro irlandês (Sombras da Lei) que conhece a mulher da sua vida, que segue a seu lado confiante e tolerante, apesar de trabalhar para um antigo rival (advogado de defesa, destinado a proteger criminosos). Evolução dos personagens como resultado do estudo do tema. Obstinação do diretor em aperfeiçoar as idéias de um de seus filmes mais famosos (Serpico).

Frank Serpico não tem parceiros, não faz amizades porque desde o início vai contra o esquema de corrupção dos policiais. Danny Ciello cria uma irmandade entre os policiais, principalmente com seu parceiro Gus Levy (judeu, como Lumet, e o mais forte como defensor de seus princípios de camaradagem), mas trai essa irmandade, por ingenuidade, por não perceber, apesar de todas as evidências, onde daria sua vontade de cooperar com o temido "Internal Affairs". Francis Reilly parece não ter amigos, a não ser um velho policial que agora trabalha na corregedoria, e que lhe explica os meandros da justiça e dos trâmites policiais. Seu pai morreu, e a pessoa mais sensata e passível de lhe ofertar uma sincera amizade é o poderoso traficante vivido por Armand Assante, dono temporário do coração de sua eterna amada. Quando não tinha forças para reconquistá-la, combatia a corrupção policial. Quando se viu sem forças para combater a corrupção policial, correu de novo para a mulher de sua vida, beneficiado pela morte do traficante. 

(...)


Sérgio Alpendre
(Texto na íntegra: 
http://www.contracampo.com.br/70/mosaicomoral.htm)

sábado, 2 de agosto de 2014

Cineclube Sesi da Casa: "Serpico", de Sidney Lumet

Neste domingo, dia 3 às 16h00, estréia o Cineclube Sesi da Casa com o filme  "Serpico", de Sidney Lumet abrindo o ciclo Nova Hollywood que contará ainda com "Lenny", de Bob Fosse (10/08), "Corrida Sem Fim", de Monte Hellman (17/08 - excepcionalmente às 13h30), "Nashville", de Robert Altman (24/08) e "O Portal do Paraíso", de Michael Cimino (31/08 - excepcionalmente às 15h00). 
Sempre com entrada franca!

Cineclube Sesi da Casa apresenta: "Serpico" de Sidney Lumet


Na Nova York dos anos 70, Serpico (Al Pacino) é um policial jovem e idealista que, ao contrário de muitos de seus colegas, se nega a aceitar dinheiro oriundo da extorsão de criminosos locais. Com isso, ele passa a enfrentar a resistência de seus superiores em aceitar seus métodos pouco ortodoxos de combate ao crime e, mais, deixa clara a sua indignação diante da corrupção generalizada entre seus colegas da polícia, passando a colocar a própria vida em risco.

Serviço:
dia 03/08 (domingo)
às 16h00
no Sesi Heitor Stockler de França 
(Avenida Marechal Floriano Peixoto, 458, Centro)
ENTRADA FRANCA
 

Realização: Sesi 
   
   (
http://www.sesipr.org.br/cultura/)
Produção: Atalante (http://coletivoatalante.blogspot.com.br/)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cineclube Sesi da Casa estréia dia 3 de agosto

Em agosto o Cineclube Sesi amplia suas atividades e convida a comunidade curitibana para a estréia de sua nova unidade: o Cineclube Sesi da Casa. O mais novo espaço na cidade para a exibição e debates sobre cinema e cultura.
Cineclube Sesi da Casa funcionará todo domingo, 16h00, no Sesi Heitor Stockler de França (Avenida Marechal Floriano Peixoto, 458, Centro), e estréia dia 3 de agosto com o filme ”Serpico” de Sidney Lumet, abrindo o ciclo Nova Hollywood. Entrada franca, sempre.

Nova Hollywood
Na história do cinema hollywoodiano, os anos 70 representaram um momento de renovação estética e discursiva. Após a crise dos velhos estúdios o sistema se viu obrigado a cooptar jovens cineastas do cenário independente, os movie brats, oriundos das universidades de cinema e cultores de uma cinefilia alimentada pela reverência ao clássico e pela transgressão do moderno. Brian De Palma, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese entre outros (não tão célebres, mas igualmente importantes, como veremos) lançaram no período filmes herdeiros da tradição do cinema de gênero e da contracultura, das nouvelle vagues e das superproduções, aliando enfim a exploração do sexo, drogas e rock’n rolla uma consciência estética revolucionária.

Programação:
03/08 - “Serpico”, de Sidney Lumet
10/08 - “Lenny”, de Bob Fosse
17/08 - “Corrida Sem Fim”, de Monte Hellman (excepcionalmente às 13h30)
24/08 - “Nashville”, de Robert Altman
31/08 – “O Portal do Paraíso”, de Michael Cimino (excepcionalmente às 15h00)

Serviço:

Todo domingo
às 16h00 (exceto nos dias 17 e 31)
no Sesi Heitor Stockler de França 
(Avenida Marechal Floriano Peixoto, 458, Centro)


ENTRADA FRANCA
 


Realização: Sesi    (http://www.sesipr.org.br/cultura/)
Produção: Atalante (http://coletivoatalante.blogspot.com.br/)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cine FAP: "Limite de Segurança", de Sidney Lumet


Sinopse:
Em momento alto da Guerra Fria, falha técnica faz com que bombardeiro nuclear americano receba ordem para atacar Moscou. O pesadelo toma o tamanho do mundo na medida em que os líderes das duas potências podem fazer cada vez menos pra evitar a destruição mútua.

Sobre o filme:
E se, durante a Guerra Fria, os Estados Unidos tivessem bombardeado o território soviético? A premissa absurda é o gatilho para um dos maiores suspenses de guerra da história do cinema. Entre o drama clássico e a ficção de vanguarda, Limite de Segurança mostra Sidney Lumet no auge de sua forma. Radicalização da poética do confinamento, mergulho em espiral nos traumas do homem contemporâneo e sua pretensa civilização, o filme congrega toda a ousadia acumulada pelos jovens realizadores na Hollywood pós-macarthysmo. A claustrofobia silenciosa das salas de guerra, escondem personagens cuja humanidade irrefreável representa o espírito desesperado da época. Em 1964, Sidney Lumet realizou o psicodrama de seu paranóico e violento país, mas ao se atacar acabou ferindo a todos: Limite de Segurança coloca no banco dos réus nossos princípios de justiça e civilização. Ninguém sai ileso.
Comentários: Guilherme Gomez e Miguel Haoni
Serviço:
dia 12/08 (segunda)
às 19h00
na Auditório Antonio Melillo
(Rua dos Funcionários, 1357, Cabral)
ENTRADA FRANCA

Realização: FAP
Produção: Cine FAP e Grupo de Estudos de Cinema de Horror
Apoio: Coletivo Atalante