O fim dos anos 1970 representou no Brasil um período de gradual abertura democrática no qual a ditadura militar, através da pressão de vários segmentos da sociedade e de dissidências dentro do poder, começava a afrouxar o seu laço autoritário que desde o "Golpe de 64 "sufocava as liberdades nos meios políticos, estudantis, artísticos e da comunicação.
Glauber Rocha, gênio das artes modernas e polemista nato, observava o fenômeno e defendia a necessidade de assimilar colaborativamente determinados elementos governistas na luta pela redemocratização, o que, obviamente, ofendia as pretensões revolucionárias das esquerdas radicais.
A suposta "traição" de Glauber atinge a contundência máxima, no instante em que o artista ingressa , junto com outros jovens profissionais e intelectuais, na equipe do revolucionário programa "Abertura" que discutia a política e a cultura brasileira na Rede Tupi de Televisão, em 1980.
Em seu espaço de crônica jornalística dentro do programa, Glauber soltava o verbo sobre tudo o que lhe incomodava no país que virou-lhe as costas naqueles últimos 10 anos mas ao qual era ligado por laços mais fortes que o amor. No estilo verborrágico do baiano, a história recente do Brasil é desfiada em transes repentistas e entrevistas disparadas contra elementos do chamado "povo brasileiro".
Traga as crianças pra sala, abra os olhos e ouvidos para um dos instantes máximos da história da telecomunicação nacional.
Miguel Haoni
Serviço:
Dia 12 de junho (terça)
às 19h30
Na Bicicletaria Cultural
(Rua Pres. Faria, 226 – Subsolo, Centro – Ao lado da UFPR – Pç. Santos Andrade)
ENTRADA FRANCA
Realização: Coletivo Atalante e Bicicletaria Cultural
Apoio: Cinemateca de Curitiba e DVD10 Videolocadora
Programação completa da Mostra "A televisão levada a sério": 9706-8837
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