Para manter vivo o interesse pelo cinema como arte e ampliar o público do espaço, a Fundação Cultural de Curitiba promove desde abril deste ano o Cineclube da Cinemateca. Organizado pelo Coletivo Atalante, um grupo independente que há dois anos desenvolve atividades em diferentes áreas culturais, a iniciativa tem repercutido positivamente.
O público é composto por pessoas de diversas áreas, como o advogado Giovanni Comodo, que frequenta cineclubes há um ano. Sempre acostumado a assistir a filmes sozinho, Giovanni mudou esse hábito quando descobriu a iniciativa e, desde então, é frequentador assíduo. “A interação com os outros dá uma caráter diferente às sessões pois compartilhamos impressões e sentimos a experiência juntos. Isso é enriquecedor, ainda mais quando se trata de filmes desafiadores”, diz ele.
Cauby Monteiro, um dos organizadores do Cineclube, afirma a importância dessa revalorização. “Os cineclubes começaram no século XX na França e sempre tiveram uma função educativa. Cada sessão do cineclube é uma grande sala de aula, na qual os programadores fazem comentários sobre os filmes exibidos e retomam seu contexto e meio de expressão, que reflete questões culturais e sociais”, explica Cauby.
Os filmes exibidos fazem parte de um ciclo específico, seja do diretor ou temática que o envolve, e são exibidos quinzenalmente nos sábados, às 15h. Neste ano, as sessões contaram com clássicos como Boccaccio '70, um romance de 1962 inspirando-se no Decameron e dirigido por quatro mestres do cinema italiano, além de ciclos que homenagearam diretores exponenciais, com sessões dos filmes que mais sintetizam suas obras, como Joseph H. Lewis durante o mês de setembro e Howard Hawks em outubro.
Para Marcos Stankievicz Saboia, responsável pelo acervo de filmes da Cinemateca de Curitiba há 13 anos, o cinema de rua causa uma experiência coletiva e permanece com um público cativo. “A Cinemateca e o Cine Guarani são lugares de troca e produção cultural, pontos de encontro de cineastas e cinéfilos“, comenta.
O tradicional hábito de frequentar cinemas de rua perdeu força no decorrer dos anos. Segundo dados divulgados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema), desde 1975 foram fechadas quase mil salas de cinema no Brasil. Seja pelo caráter comercial adquirido pela arte, que passou aos shoppings e meios de consumo, ou pela facilidade de assistir filmes em casa, o público que permanece ocupando as antigas poltronas se verticalizou e corresponde, na grande maioria, aos que apreciam clássicos, filmes alternativos e cinema local.
O Cineclube da Cinemateca retorna em janeiro de 2015 com a seguinte programação:
17/01 – "Mal dos Trópicos" (2004) de Apichatpong Weerasethakul
31/01 – "O Sangue", (1989) de Pedro Costa
Além dos ciclos do Cineclube, a Cinemateca e o Cine Guarani têm promovido semanalmente mostras temáticas e gratuitas, para todos os gostos do público. A programação completa você encontra em www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/agenda/cinema.
O Cineclube da Cinemateca retorna em janeiro de 2015 com a seguinte programação:
17/01 – "Mal dos Trópicos" (2004) de Apichatpong Weerasethakul
31/01 – "O Sangue", (1989) de Pedro Costa
Além dos ciclos do Cineclube, a Cinemateca e o Cine Guarani têm promovido semanalmente mostras temáticas e gratuitas, para todos os gostos do público. A programação completa você encontra em www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/agenda/cinema.
Autor: Assessoria de Imprensa da FCC
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba
Publicado em: http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/cineclube-da-cinemateca-abre-espaco-para-classicos-e-producoes-alternativas/
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