A capitã
Ana Providência, jovem discípula do terrível Barbanegra, se apaixona
pela primeira vez na vida por um misterioso prisioneiro francês, o
corsário Pierre La Rochelle.
Tourneur
mesmo parece falar através de seus filmes, tão macia e remotamente
quanto suas personagens. Diferentemente do autor clássico que impõe sua
visão ao filme, Tourneur apaga sua visão, não através da ausência de
estilo, mas por meio de um estilo que enfatiza a ausência. A abundância
de tomadas longas, a discrição das performances, a unidade de atmosfera
sustentada através da iluminação e do cenário, o tom mudo que transmite
desconforto profundo - tais marcas da reticência de Tourneur sugerem não
o desinteresse ou a timidez mas o desejo de elevar seu material ao mais
alto patamar da verdade. Esta se torna, paradoxalmente, cambiante e
indefinida. O cinema de Tourneur, obcecado pelo indemonstrável e pelas
condições de sua própria impossibilidade, é a antítese do cinema de
espetáculo. Ele respeita a audiência tanto quanto respeita a realidade,
arriscando-se à incompreensão e ao olvido mas nos dando razões ainda
maiores para escutá-lo com atenção.
Chris Fujiwara - adaptado da introdução de seu livro sobre Jacques Tourneur: The Cinema of Nightfall.
Chris Fujiwara - adaptado da introdução de seu livro sobre Jacques Tourneur: The Cinema of Nightfall.
O
cineclube semanal do curso de cinema e vídeo da Faculdade de Artes do
Paraná exibe em março quatro filmes de pirata da hollywood clássica: O
Cisne Negro, de Henry King (07/03); No Rastro da Bruxa Vermelha, de
Edward Ludwig (14/03); Falcão dos Mares, de Raoul Walsh
(21/03); e Ana das Índias, de Jacques Tourneur (28/03). Após a exibição
de cada filme há uma discussão sobre, mediada pelos integrantes do
cineclube.
dia 28/03 (segunda-feira)
às 19h
no Auditório Antonio Melillo, na FAP - Faculdade de Artes do Paraná
(Rua dos Funcionários, 1357, Cabral)
ENTRADA FRANCA
Realizado por Cine FAP
Apoiado por Cazé - Centro Acadêmico Zé do Caixão
e pelo Coletivo Atalante
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