O Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias está ainda mais especial em abril.
À semelhança de um clube do livro, toda quarta quarta-feira do mês nos encontramos para a discussão de um filme e textos relacionados. Com foco na Nouvelle Vague,
o Clube se propõe a discutir as renovações técnicas, temáticas e
filosóficas propostas pela crítica da época e seu cinema, que tomou de
assalto a França e o mundo.
Neste mês, o ponto de partida é "Cléo, das 5 às 7" (1962) de Agnès Varda, marcando o início das nossas homenagens a uma das maiores diretoras da História, falecida no último 29 de março aos 90 anos.
Agnès Varda não é apenas a mais extraordinária dádiva de Diana do cinema francês, não apenas a mais aberta dos intelectuais preocupados sobretudo com seu coração e pelo que ele bate, não apenas o ser feminino mais dotado de sensibilidade e de espírito que possam encontrar aqueles que assombram (com olhos atentos) os círculos da cinefilia parisiense. Tudo isto seriam ainda qualidades restritivas, limitadas ao isolamento da Café Société. Contudo, até "Cléo", talvez por seu temperamento ainda fechado nas amarras do esnobismo e do preciosismo, não havia florescido totalmente à plena luz do dia.
Claude Beylie em “Le Triomphe de la femme”. Cahiers du Cinéma nº 130, abril de 1962.
A
urgência das ruas, o olhar errante diante e atrás das câmeras, os
dramas pouco abordados pelo cinema da época, a montagem moderna, todos
aspectos característicos da Nouvelle Vague, serão alguns dos tópicos abordados, porém
acrescidos da perspectiva da carreira da diretora como um todo: seu
cinema confessional e inquieto, experimental e artesanal, suas buscas na
ficção e no documentário, seu trabalho como fotógrafa e artista
plástica.
"Cléo, das 5 às 7" foi lançado em DVD e Blu-ray no Brasil, disponível em lojas e locadoras. Também está disponível on-line em algumas plataformas (como Telecineplay).
"Cléo, das 5 às 7" foi lançado em DVD e Blu-ray no Brasil, disponível em lojas e locadoras. Também está disponível on-line em algumas plataformas (como Telecineplay).
Os textos para leitura (recomendada, não obrigatória):
1) Crítica do filme por Carlota Gonçalves: http://www.apaladewalsh.com/ 2017/12/cleo-de-5-a-7-1962-de- agnes-varda/
2) "As duas faces de Agnès Varda", de Rafael Mesquita: http://www.contracampo.com.br/ 83/artduasfacesdevarda.htm
3) "Arquitetando Varda", de
Leonardo Levis: http://www.contracampo.com.br/83/artarquitetando.htm
Serviço:
Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias
Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias
"Cléo das 5 às 7" (Cléo de 5 a 7, 1962), de Agnès Varda
Dia 24/04 (quarta quarta-feira do mês)
Das 19h15 às 21h45
* Devido ao horário, não será exibido o filme na íntegra, mas alguns trechos (do filme indicado, de outros) ou mesmo curtas devem ser apresentados como pontos relevantes para a conversa.
Realização: Coletivo Atalante e Casa do Contador de Histórias
Na Casa do Contador de Histórias
(Rua Trajano Reis, 325, São Francisco - Curitiba)
ENTRADA FRANCA* Devido ao horário, não será exibido o filme na íntegra, mas alguns trechos (do filme indicado, de outros) ou mesmo curtas devem ser apresentados como pontos relevantes para a conversa.
Realização: Coletivo Atalante e Casa do Contador de Histórias
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