terça-feira, 12 de março de 2019

Clube do Filme: Hiroshima, meu amor


O Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias continua em março. À semelhança de um clube do livro, toda quarta quarta-feira do mês  nos encontramos para a discussão de um filme e textos relacionados. Com foco na Nouvelle Vague, o Clube se propõe a discutir as renovações técnicas, temáticas e filosóficas propostas pela crítica da época e seu cinema, que tomou de assalto a França e o mundo.

Neste mês, o ponto de partida é "Hiroshima, meu amor" (1959) de Alain Resnais.

Rohmer: Mas uma vez que se trata de um equivalência profunda, talvez Hiroshima seja um filme completamente novo. (...) E tenho algumas reservas, na medida em que certos elementos de Hiroshima não me seduziram tanto como outros. Nas primeiras imagens havia algo que me incomodava. De seguida, rapidamente, o filme faz-me desaparecer esta sensação de incômodo. No entanto, compreendo que se pode amar e admirar Hiroshima e, ao mesmo tempo, considerá-lo irritante em certos momentos.

Doniol-Valcroze: Moralmente ou esteticamente?

Godard: É a mesma coisa. O travelling é uma questão de moral.

O trecho acima pertence a uma mesa redonda realizada na época, "Hiroshima, notre amour", na qual alguns dos principais críticos (e futuros realizadores) tentavam compreender os impactos imediatos do filme. A ética na arte, horror e beleza, modernidade e iconoclastia, esquerda e direita são alguns dos temas abordados.

Os textos para leitura (recomendada, não obrigatória):
1) "Hiroshima, notre amour" (disponível em português em https://cine-resort.blogspot.com/2012/11/hiroshima-notre-amour_15.html)

Serviço:
Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias
"Hiroshima, meu amor" (Hiroshima, Mon Amour, 1959), de Alain Resnais
Dia 27/03 (quarta quarta-feira do mês)
Das 19h15 às 21h45
Na Casa do Contador de Histórias
(Rua Trajano Reis, 325, São Francisco - Curitiba)
ENTRADA FRANCA
*
Devido ao horário, não será exibido o filme na íntegra, mas alguns trechos (do filme indicado, de outros) ou mesmo curtas devem ser apresentados como pontos relevantes para a conversa.

Realização: Coletivo Atalante e Casa do Contador de Histórias

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