No cinema de Bava, assim como no de Lucio Fulci, nada é mais enganador que a razão. E o medo, que pouco tem a ver com a razão, é uma resposta da alma ao sobrenatural, ou seja, aquilo que não vem da natureza, mas é construído pelo homem, pela alma do homem, tal como a arte. É um trabalho inconsciente, de crivar o mundo real pela emoção, pela afeição, criando monstros, fantasmas, abstrações de qualquer sorte. É essa produção do inconsciente que permeia toda a extensão de Kill, Baby, Kill; o alter ego de Bava, uma menina loirinha de uns 12 anos que joga uma bola de brincar como se jogasse com as sensações dos personagens, uma operadora do medo (o título original do filme: Operazione Paura), é a materialização de um ideal de horror, imagem do abstrato. Bava, mestre do cinema, articula essa imagem e todo o filme com um conhecimento da linguagem que poucos têm: mudança de focos, zoons e movimentos de câmera a serviço da atmosfera e do horror. É um mestre demiurgo, em pleno controle de sua arte e de seus espectadores, Kill, Baby, Kill é uma experiência única. Cauby Monteiro (Atalante - 2012) Comentadora convidada: Adriane Pasa Serviço: dia 20 de abril (sexta) às 19h30 no auditório do Espaço de Arte ( Rua Alberto Folloni, 1534 | Ahú ) Entrada: 1 kg de alimento Realização: Coletivo Atalante e Espaço de Arte Apoio: Cinemateca de Curitiba Mais informações: COLETIVO ATALANTE 9706-8837 coletivoatalante@gmail.com http://coletivoatalante. Coletivo Atalante no facebook ESPAÇO DE ARTE 3015-6320 espacodearte@espacodearte.com. www.espacodearte.com.br Espaço de Arte no facebook |
segunda-feira, 16 de abril de 2012
(trans)cinema 20/04: "Kill, Baby, Kill" de Mario Bava
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