terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cineclube Sesi apresenta: "Napoleão" de Abel Gance

O Cineclube Sesi, apresenta nesta quinta-feira, dia 4 (excepcionalmente às 18h30) a obra-prima do impressionismo cinematográfico "Napoleão" de Abel Gance, abrindo o ciclo Cinema de Vanguarda.
Em outubro, ainda veremos "O Anjo Azul" de Josef Von Sternberg (11/10), "O Sangue de um Poeta" de Jean Cocteau (18/10,) e encerrando no dia 25, "Limite" de Mario Peixoto.
Sempre com entrada franca!


Cineclube Sesi apresenta: "Napoleão" de Abel Gance 


Sinopse:
Clássico do cinema mudo que narra a vida de Napoleão Bonaparte. O filme mostra desde a infância de Napoleão, seus dias de escola (quando uma simples brincadeira com bolas de neve já representava para ele uma campanha militar), até chegar à fase adulta. Nessa época o jovem Bonaparte vai para a Córsega, passando a fazer parte da Revolução Francesa. Logo ele se transforma num grande e estategista general, somando ao currículo incríveis e vitoriosas batalhas. A história culmina com sua triunfante invasão da Itália em 1797. O filme termina aqui porque a intenção de Abel Gance era que essa seria a primeira de seis partes. Mas Gance jamais conseguiu financiamento para rodar as outras cinco.

Sobre o filme:
A super-produção francesa de 1927 trouxe às telas a genialidade e a megalomania de um ilustre personagem; o diretor Abel Gance. Realizado originalmente em versão de 9 horas, "Napoleão" é cinema em estado de graça: montagem, câmera na mão, sobreposições, travellings, subjetivas, mise-en-scéne; tudo é ingrediente para a construção de um filme vivo, livre e pulsante.
A ousadia estética do diretor encontra eco nas ações intrépidas do jovem Bonaparte. A cinebiografia do controverso líder francês mistura patriotismo romântico e as experiências da vanguarda impressionista numa unidade monstruosa.
O estilo excessivo do filme estabelece a conexão espiritual entre autor e personagem e revela ao público que o cinema das primeiras décadas já tinha conquistado quase tudo.

Miguel Haoni

Serviço:
dia 04/10 (quinta)
excepcionalmente às 18h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

2 comentários:

  1. Apesar de ser um filme longo, não entender muito de cinema, gostei muito. As cenas da primeira parte que me chamou mais a atenção foram as que misturavam o pequeno bote de Napoleão na tempestade com a agitação das pessoas na assembléia. Particularmente gosto desses contrapontos.
    O jogo das três câmeras na segunda parte foi bem interessante. Uma nova experiência. Aproveitei bem minha quinta feira.
    Daniela Schuster.

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  2. Precisas ver a primeira meia-hora, a sequencia da infância do Napoleão em Brienne. O filme já começa num turbilhão estético impressionante.
    Impressionante também é a fotografia do filme. Vendo agora, desta última vez, fui arrebatado pela "cremosidade" da luz. Essa ideia de que os impressionistas erigiram a luz e o ar como objetos pictóricos é muito bem apropriada pelo Gance, que já havia declarado "O Cinema é a música da luz". Napoleão é a materialização disso.

    Miguel Haoni

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