O Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias continua em março.
À semelhança de um clube do livro, toda quarta quarta-feira do mês nos encontramos para a discussão de um filme e textos relacionados. Com foco na Nouvelle Vague,
o Clube se propõe a discutir as renovações técnicas, temáticas e
filosóficas propostas pela crítica da época e seu cinema, que tomou de
assalto a França e o mundo.
Neste mês, o ponto de partida é "Hiroshima, meu amor" (1959) de Alain Resnais.
Rohmer: Mas uma vez que se trata de um equivalência profunda, talvez Hiroshima seja um filme completamente novo. (...) E tenho algumas reservas, na medida em que certos elementos de Hiroshima não me seduziram tanto como outros. Nas primeiras imagens havia algo que me incomodava. De seguida, rapidamente, o filme faz-me desaparecer esta sensação de incômodo. No entanto, compreendo que se pode amar e admirar Hiroshima e, ao mesmo tempo, considerá-lo irritante em certos momentos.
Doniol-Valcroze: Moralmente ou esteticamente?
Godard: É a mesma coisa. O travelling é uma questão de moral.
O trecho acima pertence a uma mesa redonda
realizada na época, "Hiroshima, notre amour", na qual alguns dos
principais críticos (e futuros realizadores) tentavam
compreender os impactos imediatos do filme. A ética na arte, horror e
beleza, modernidade e iconoclastia, esquerda e direita são alguns dos
temas abordados.
Os textos para leitura (recomendada, não obrigatória):
1) "Hiroshima, notre amour" (disponível em português em https://cine-resort.blogspot. com/2012/11/hiroshima-notre- amour_15.html)
2) "Da abjeção", de Jacques Rivette (disponível em https://ovestigioeacentelha. blogspot.com/2009/06/da- abjecao-jacques-rivette-texto- citado.html)
Serviço:
Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias
Clube do Filme na Casa do Contador de Histórias
"Hiroshima, meu amor" (Hiroshima, Mon Amour, 1959), de Alain Resnais
Dia 27/03 (quarta quarta-feira do mês)
Das 19h15 às 21h45
* Devido ao horário, não será exibido o filme na íntegra, mas alguns trechos (do filme indicado, de outros) ou mesmo curtas devem ser apresentados como pontos relevantes para a conversa.
Realização: Coletivo Atalante e Casa do Contador de Histórias
Na Casa do Contador de Histórias
(Rua Trajano Reis, 325, São Francisco - Curitiba)
ENTRADA FRANCA* Devido ao horário, não será exibido o filme na íntegra, mas alguns trechos (do filme indicado, de outros) ou mesmo curtas devem ser apresentados como pontos relevantes para a conversa.
Realização: Coletivo Atalante e Casa do Contador de Histórias
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