terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cineclube Sesi apresenta: "O Intendente Sansho" de Kenji Mizoguchi

Nesta quinta-feira, o  Cineclube Sesi encerra sua atividades de 2012 com o filme "O Intendente Sansho" de Kenji Mizoguchi e após um recesso de um mês, retorna no dia 13/01 com o filme "A Viagem dos Comediantes", abrindo o ciclo Theo Angelopoulos e a mise-en-scene moderna que contará ainda com os filmes "Um Olhar a Cada Dia" (dia 20/01) e "Vale dos Lamentos (dia 27/01).
Sempre com entrada franca!

Cineclube Sesi apresenta: "O Intendente Sansho" de Kenji Mizoguchi
No final do século XI, Tamaki, mulher da aristocracia, viaja para uma praia de Echigo acompanhada de seu filho Zushio, de sua filha Anju e de uma serva. Durante a jornada, os viajantes são enganados por mercadores de escravos e as duas crianças são vendidas ao cruel intendente Sansho.

Serviço:
dia 13/12 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Programação de janeiro:

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Destruindo “Um Cão Andaluz”



Luis Buñuel e Salvador Dalí partiram de uma premissa relativamente simples para a confecção do roteiro de "Um Cão Andaluz" (França, 1929): qualquer ideia que pudesse ser compreendida racionalmente era sumariamente descartada, restando assim apenas imagens e ações "inexplicáveis". Esta disposição permitiria aos realizadores executar o filme a partir das necessidades de seus inconscientes, de suas vontades mais recônditas, sombrias, travestidas de um permanente "dizer nada".
Entretanto, este "nada" vira "tudo" no momento em que os devaneios dos artistas se materializam no filme pronto, permitindo assim que qualquer pessoa atribua sentidos àquilo que originalmente era livre associação e escrita automática.
Hoje as intenções por trás das escolhas inconscientes dos artistas são nítidas, sobretudo graças à colaboração de Sigmund Freud ao pensamento ocidental contemporâneo. Freud percebeu que o Homem era dominado por pulsões que escapavam à sua razão, mas que poderiam ser apreendidas e analisadas através da linguagem. E é desta maneira que localizamos as disposições iconoclastas e eróticas (Eros e Thanatos) num discurso que, para os seus emissores, não deveria existir.
Tomemos, por exemplo, o fragmento (a obra não nos permite chamar o encadeamento de ações de "cenas") central do filme: após o atropelamento da figura andrógina, o Homem que observava pela janela é acometido porum furor sexual que o lança para cima da Mulher, acariciando-lhe os seios enquanto vira os olhos e baba sangue. A associação entre o desejo erótico e a morbidez cadavérica amplifica a confusão do personagem.
Em seguida, a Mulher foge e se arma com uma raquete, ameaçando o Homem. Ele para, encara a Mulher, olha ao redor e pega duas cordas antes de partir para cima do objeto de seu desejo. As cordas estão atadas a duas tábuas (como as dos 10 Mandamentos), dois pianos, dois asnos mortos e dois padres, o que o obriga a arrastarum peso descomunal. O dado mais interessante da ação é o fato de que o sujeito "procura" pelos elementos (aqui podemos resumir os objetos ao termo "Cultura") que o impedem de dar vazão plena ao seu desejo. O peso das coisas o protege de si mesmo.
Quando a Mulher escapa de vez, ele larga tudo. Mas é tarde demais. A Mulher bate a porta pretendo a sua mão direita (a mão do Homem em contraste com a mão de Deus) de onde caem as formigas. Representaria isto a perda do controle?
No quarto, o mesmo Homem aparece deitado com a fantasia que lhe atribui um aspecto infantil. A campainha toca (uma coqueteleira!) e a Mulher abre a porta (a Mulher sempre abre e fecha portas simbólicas) para uma figura que não sabemos quem é, mas que logo assume uma função paterna autoritária, arrancando a fantasia do Homem (nos dois sentidos) e atirando-a pela janela. Esta figura sem rosto (pois permanece sempre de costas para a câmera) coloca o Homem de castigo no canto do quarto e quando se vira revelando sua identidade (intertítulos anunciam: "seis anos depois")  descobrimos que é o mesmo Homem! Ele caminha até a escrivaninha, pega os livros e entrega para a persona de castigo. Os livros transformam-se em revólveres que alvejam a persona autoritária, numa franca conversão da cultura em objeto libertador (em contraste com as quinquilharias aprisionadoras da ação anterior).
Na hora da morte, contudo, a "figura paterna" cai em um cenário idílico a tempo de passar as mãos nas costas nuas de uma mulher que desaparece em seguida. Ele também era um prisioneiro.

Transformando desta maneira em palavras as imagens de "Um Cão Andaluz", podemos desvendar mais facilmente o hermetismo de seus símbolos. Tais imagens são plenas de sentido e revelam a vontade de seus produtores de abraçar a liberdade, que permanece sempre como as belas costas que escorrem nas pontas de nossos dedos.

Miguel Haoni

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Um Cão Andaluz"

O Cineclube Sesi Portão apresenta nesta quarta-feira, às 19h30, o filme "Um Cão Andaluz" de Luis Buñuel e Salvador Dali, encerrando a fase 2012 do Cineclube. Sempre com entrada franca.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Um Cão Andaluz"

Nenhum filme materializou tão precisamente o ideário surrealista quanto “Um Cão Andaluz”, de Luis Buñuel e Salvador Dalí. Em pouco mais de quinze minutos somos arremessados em uma realidade reconfigurada, na qual os objetos do cotidiano perdem sua familiaridade, estabelecendo aproximações incomuns. Parafraseando Arnaldo Antunes, a mão cheia de formigas pode ser chamada de axila, que pode ser chama de ouriço, que pode ser chamado de cordão de isolamento policial. São as coisas da vida em permanente revolução.

Miguel Haoni
(Cineclube Sesi, 2012)

Serviço:
dia 05/12 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão 
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)

ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cineclube Sesi apresenta: "Contos da Lua Vaga" de Kenji Mizoguchi



Sinopse:Obra-prima do cinema fantástico, o filme é uma fábula passada no século XVI em um Japão feudal violento durante a sangrenta guerra civil e conta a história de um fazendeiro que quer ser samurai e de perseguições de fantasmas. Realizada pelo mestre japonês Kenji Mizoguchi cheio de atmosfera e força, é um dos mais importantes filmes da história do cinema e um belo exemplo do cinema japonês clássico.Ganhou o Leão de Prata no festival de Veneza de 1953.
Sobre o filme:
Em 1953, Kenji Mizoguchi filma um dos mais belos e cruéis contos cinematográficos de todos os tempos. "Contos da lua vaga" se passa historicamente durante uma guerra civil no século XVI. O ser humano (japonês) enfrenta o flagelo que se chama vida.
Obra-prima do cinema mundial. Mizoguchi expõe sua visão. A família, o homem e a mulher. Os contrastes, a diferença entre os sexos. A ambição, a tolice masculina. A calma, a sensatez feminina. Uma estória é contada, um novelo de lã sobre a vida e o que vem depois. O lirismo desse novelo de planos vai se desenrolando entre elipses e enquadramentos perfeitos. Um lago de fantasia inunda um solo fértil de realismo. Os sofisticados movimentos de câmera dão o tom estilístico mizoguchiano; ninguém move a câmera e capta imagens com simplicidade tão bela na história do cinema.

Mateus Moura
(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, 2008)


Serviço:
dia 06/12 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Programação de dezembro:

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cineclube Sesi apresenta: Mestre Mizoguchi


Seria uma lacuna tremenda, concluir o primeiro ano do Cineclube Sesi sem desenvolvermos um trabalho sobre o Cinema Oriental, uma das mais importantes tradições na história cinematográfica.

Para isso fomos ao Japão e lá encontramos Kenji Mizoguchi, um dos maiores "autores" do cinema (conceito prematuramente defasado nos círculos críticos e acadêmicos, mas que acredito que ainda explica muita coisa na arte cinematográfica).
Mizoguchi tem um estilo único. Sua mise-en-scène e seus movimentos de câmera são de uma delicadeza e fluidez absoluta. Seu projeto de cinema assume, como o de John Ford por exemplo, uma função transcedental e ecumênica. A práxis cinematográfica concebida como um ritual religioso.
Os filmes aqui selecionados, representam a última fase do realizador, sua maturidade estilística e sua  consagração internacional através das premiações no Festival de Veneza. "Contos" e o "Intendente" são a definição de um realismo fantástico cinematográfico.

Miguel Haoni (Cineclube Sesi, 2012)
Sobre o ciclo


Programação:

6/12 - Os Contos da Lua Vaga
13/12 - O Intendente Sansho


Serviço:
Sessões às quintas-feiras
às 19h30
Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep**
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA

** Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cineclube Sesi: Diálogos Curitibanos - 4 curtas curitibanos


Nesta quinta feira, dia 29 de novembro o SESI apresenta a última mostra do ciclo Panoramas do Cinema Curitibano com a sessão Diálogos Curitibanos, apresentando trabalhos de realizadores locais que retratam de alguma forma a capital paranaense, serão eles “Ultra Lirycs” documentário sobre o poeta curitibano Marcos Prado, realizado pelo cineasta Rafael Lopes, “Em Busca de Curitiba Perdida” adaptação da obra de Dalton Trevisan feita por Estevan Silveira, “Norte Sul Leste Oeste” filme que retrata o cotidiano de curitibanos de diversas partes da capital realizado por Danilo Pschera e “Pastoreio” de Alexandre Rafael Garcia que narra a rotina de um pastor de ovelhas em meio ao parque Barigui.

Joel Schoenrock
(Curador convidado)

Cineclube Sesi: Diálogos Curitibanos - 4 curtas curitibanos

Ultra Lirycs
Sinopse: Esse documentário resgata a memória de um importante personagem da literatura paranaense. Marcos Prado foi poeta, compositor, ator, jornalista e agitador cultural. Ele morreu aos 35 anos no dia 31 de dezembro de 1996 deixando uma sólida produção literária: foram mais de 20 livros publicados entre coletâneas, antologias, parcerias e projetos de sua autoria. Nos anos 80 e 90 inúmeras bandas gravaram suas composições, porém sua obra ainda não teve o devido reconhecimento público.
Direção e Roteiro: Rafael Lopes de Lima e Silva
Duração: 15 min.

Em Busca da Curitiba Perdida
Sinopse: Conto do escritor Curitibano Dalton Trevisan, sobre uma cidade que não mais existe.
Direção: Estevan Silveira
Duração: 14 min

Norte Sul Leste Oeste
Sinopse: O documentário acompanha seis moradores de Curitiba e registra a relação destas pessoas com a cidade durante o caminho até o trabalho ou a volta para casa.
Direção: Danilo Pschera
Duração: 18`


Pastoreio
Sinopse: A rotina do trabalho de Laudelino, pastor de ovelhas no Parque Barigüi em Curitiba há quase 20 anos, em meio à região urbana e inúmeras pessoas que praticam esportes ou passam suas horas de lazer.
Direção: Alexandre Rafael Garcia
Duração: 17`

Serviço:
dia 29/11 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação. 


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Programação de dezembro:

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cineclube Sesi: Novos Diálogos - 5 curtas curitibanos


Nessa quinta feira, dia 22 de novembro o SESI continua a apresentar o ciclo Panoramas do Cinema Curitibano, com o tema “Novos Diálogos” com filmes, produzidos aqui, que proponham algum tipo de outro olhar sobre a realização cinematográfica, serão eles “Se você deixar o seu coração bater sem medo” de Tamíris Spinelli, “Eternamente” de Beto Carminatti, “Visionários” de Fernando Severo, “Hollywood” de Laura Montalvão, Marcos Serafim e Thiago Benites, “Iaia et Leni” de Eugenia Castello, após a exibição dos filmes, todos de curta metragem, faremos um debate com os realizadores presentes.

Joel Schoenrock
(Curador convidado)

Cineclube Sesi: Novos Diálogos - 5 curtas curitibanos

Se Você Deixar o Coração Bater sem Medo
Sinopse: "Se você soltar o pé na estrada / Eu danço com você o que você dançar"
Diretor: Tamíris Spinelli
Duração: 7 min

Eternamente 
Sinopse: "Crônica de um amor anunciado pela rádio". Homem solitário resolve se encontrar com uma mulher através de um programa de rádio. "Dê ouvidos para o amor" na esperança de começar uma nova vida.
Roteiro, Direção e Montagem Beto Carminatti

Duração: 15'

Visionários
Sinopse: Documentário poético sobre os últimos vestígios de dois santuários construidos por pequenos agricultores no norte do paraná. Um deles foi construido para abrigar sobreviventes de um futuro apocapipse, e o outro é de inspiração budista.
Direção: Fernando Severo
Duração: 15`

Hollywood
Sinopse: Registro de uma manifestação estética de grande inventividade dentro do cinema brasileiro, aqui exposto e refletido. Ozualdo Candeias vem à Curitiba filmar o conto gráfico de Poty, A Visita do Velho Senhor, numa produção de Valêncio Xavier. Vive a marginal poesia do cinema.
Direçao: Laura Montalvao, Marcos Serafim, Thiago Benites
Duração: 8min

Iaia et leni
Sinopse: A hora do chá numa tarde de sol
Direção e Roteiro Eugenia Castello
Duração: 2`5``

Serviço:
dia 22/11 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cineclube Sesi Portão apresenta: "O Beijo Amargo" de Samuel Fuller

O Cineclube Sesi Portão apresenta nesta quarta-feira, às 19h30, o filme "O Beijo Amargo" de Samuel Fuller e no dia 05 de dezembro, "Um Cão Andaluz" de Luis Buñuel e Salvador Dali, encerrando a fase 2012 do Cineclube. Sempre com entrada franca.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "O Beijo Amargo" de Samuel Fuller

O "contrabandista" Samuel Fuller ("Agonia e Glória"), assim chamado por Scorsese, realizou uma obra-prima que ainda choca pelas verdades que apresenta na tela. 
Neste estilizado "film noir", o espectador acompanha a acidentada vida de uma prostituta.
A antológica e chocante seqüência de abertura, um dos pontos altos da filmografia de Fuller, faz parte da história do cinema: mostra uma mulher batendo no cafetão que a maltratava, até ele cair no chão.
Depois deste acerto de contas, Kelly (a estatuesca Constance Towers) resolve mudar de vida e vai trabalhar como enfermeira de um hospital infantil para deficientes físicos numa pequena cidade. Mas, em Grantville, ela descobrirá que a perfeição e a tranqüilidade do lugar escondem pessoas mesquinhas e doentes, que podem até machucar as mais indefesas criaturas.
Para a crítica, Samuel Fuller realizou, 20 anos antes de David Lynch, uma exposição devastadora das entranhas da sociedade americana.

Serviço:
dia 21/11 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão 
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)

ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cine FAP apresenta: "Cannibal Holocaust", de Ruggero Deodato

Sinopse:
4 documentaristas se aventuram nas florestas da América do Sul para realizar um trabalho e Desaparecem. O material filmado é encontrado e a verdade é revelada. 

Sobre o filme:
O polêmico filme de Ruggero Deodato aborda a tênue relação entre o real e o fictício. Numa ciranda de encenações, o autor explora os limites da linguagem cinematográfica ao abordar o documentário enquanto lugar de representação. 
Na era da imagem, Cannibal Hollocaust põe em questão o lugar do espectador no rito cinematográfico: qual a diferença entre o canibal e o homem que se regozija ao devorar imagens grotescas? Quem é o selvagem? Qual o limite entre a civilização e a barbárie? Ao jogar com estas fronteiras, o diretor nos apresenta um filme violento, inteligente e acima de tudo corajoso.

Miguel Haoni
(Comentador convidado)


Serviço:
dia 19/11 (segunda)
às 19h00
na Auditório Antonio Melillo
(Rua dos Funcionários, 1357, Cabral)
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Diálogos Possíveis II


Nesta quinta feira temos um passeio por produções bastante distintas e premiadas realizadas aqui na capital paranaense, começando com o visceral Com as próprias mãos que nos leva a um grande galpão onde uma mulher aplica uma incansável tortura a um homem em busca de respostas em um clima claustrofóbico, o trabalho é de 2008, Aly Muritiba o realizador, a época era estudante de cinema na Faculdade de Artes do Paraná, encontrou certa resistência entre professores pela realização de um filme tão violento por um estudante, porém persistiu na sua ideia e foi feliz, o filme rodou o país e fora dele também, sendo premiado e reconhecido, um dos primeiros, senão o primeiro filme a sair da recente escola de cinema para ser conhecido mundo afora. Trajetórias similares de filmes de alunos de cinema seguiram Vó Maria de Tomás Von der Osten e O Muro de Diego Florentino, Diego que por sinal divide com Aly e mais três colegas de faculdade o roteiro e a direção do longa Circular.
Vó Maria de Tomás Von Der Osten volta no tempo, trás a tona memórias, um filme simples, mas não simplista, um trabalho surpreendente, uma boa ideia colocada em prática com maestria assim como O Muro, um argumento bastante delicado de um menino que perde a sua bola para outro lado do muro e trava uma “batalha” com o vizinho para recuperar o brinquedo.
E por último, mas com certeza não menos importantes dois dos principais cineastas que temos com seus bem humorados Aldeia de Geraldo Pioli, que fala sobre um padre que tenta ensinar os dez mandamentos a uma tribo de índios que não tem muita relação com aquilo, o filme realizado no ano 2000 teve uma excelente repercussão e até hoje roda o mundo e Mesera de Pedro Merege sobre um homem e uma encomenda que tenta atravessar a fronteira porém encontra uma bela mesera no caminho, com uma linguagem interessante e tom leve Merege realiza um grande trabalho.

Joel Schoenrock
(Curador convidado)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os mistérios


Texto sobre Um Lago de Philippe Grandrieux (2008)

Uma arte impressionista é aquela que não valoriza a forma precisa das coisas, mas sim suas ressonâncias, e que ao dissolver os contornos em favor de uma representação vaporosa, substitui a concretude pela fluidez, a parte pelo todo (o que também inclui a luz e o ar).
No cinema, o Impressionismo foi introduzido por um grupo de realizadores franceses, que na década de 1920 ofereciam aos espectadores, por exemplo, não a imagem do movimento, mas a impressão do movimento (como Abel Gance em A Roda, 1923); não a imagem da perturbação, mas suas reminiscências (como Jean Epstein em A Queda da Casa de Usher, 1928).
Ao encontrar o cinema de Philippe Grandrieux reconhecemos que este tipo de abordagem audiovisual permanece relevante até hoje, em filmes concebidos como experimentos sensoriais, que abraçam corajosamente a imprecisão nas imagens e nos dramas. Seus filmes são convites a um exercício puro de olhar e ouvir. Suas imagens não visam a comunicação, mas desafiam nossos sentidos a mergulhar em seus labirintos orgânicos.
Em Um Lago temos a sensação de que o filme emerge de uma treva branca (como as silhuetas na névoa) ou preta (como os rostos dourados que flutuam no interior da casa), mantendo distância suficiente para que não consigamos divisar precisamente seus contornos. Como os personagens, só conseguimos nos aproximar da obra através do toque, sugerido pelos planos fechados nos rostos e mãos. Osclose-ups constroem o que provavelmente é a primeira paisagem do filme, um espaço que resiste ao silêncio e ao terror dos arredores. Uma tentativa de encontrar a Humanidade, naquilo que de longe (ou de muito perto) são apenas borrões.
Nossa percepção, contudo, transita essencialmente entre este longe e perto.  Não nos é concedido alívio para as inquietações que o filme suscita, tornando a experiência intelectualmente desconfortável. Quem são esses personagens, de onde vieram e qual a natureza de suas relações? Para cada pergunta da razão o filme, zombeteiramente, oferece uma resposta para os sentidos: a voz das entranhas da terra ou mãos desfocadas se agarrando. Parafraseando Jean-Luc Godard, é preciso primeiro aprender a ver.
Talvez as respostas aos silêncios do drama estejam nas igualmente silenciosas imagens. Nas luzes crepusculares, nos recortes pretos das árvores sobre o fundo branco do céu, mos sussurros e respirações, nos cumes epilépticos das montanhas, no interior de uma casa da qual não sabemos nada, em suma, nos mistérios que nossa percepção nunca visitou, mas de onde, segundo Grandrieux, nunca deveríamos ter saído.

Miguel Haoni
(Cineclube Sesi, 2012)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cineclube Sesi: Diálogos Possíveis II - 5 curtas curitibanos


Nesta quinta feira dia 08 o Cineclube SESI continua com as mostras Panoramas do Cinema Curitibano, a partir das 19h, serão exibidos cinco curtas-metragens realizados na capital paranaense para dar continuidade às discussões sobre a produção local são eles Com as próprias mãos de Aly Muritiba, que narra a história de uma mulher à procura de respostas, O Muro de Diego Florentino com a história de um menino que vê sua bola cair do outro lado do muro e tenta resgatar seu brinquedo, Aldeia de Geraldo Pioli, a bem humorada trajetória de um padre na tentativa de ensinar valores cristãos aos índios, Vó Maria de Tomás Von Der Osten e a memória em três tempos além de Mesera de Pedro Merege com a trajetória de Emilio ao cruzar a fronteira. Após a exibição teremos debate com realizadores presentes.

Joel Schoenrock
(Curador convidado)

Cineclube Sesi: Diálogos Possíveis II - 5 curtas curitibanos

Com as próprias mãos 15’38”,
Sinopse: Em um imenso galpão abandonado, uma mulher inflige as mais diversas torturas em um homem a fim de obter respostas.
Direção: Aly Muritiba

O Muro 5’ 30’’
Sinopse: A bola de Igor, garoto novo em um bairro, vai para o quintal vizinho. Na tentativa de resgatar o brinquedo, duela com o desconhecido.
Direção, Roteiro e Produção: Diego Florentino

Aldeia
DIREÇÃO: Geraldo Pioli 11`
Sinopse: É um relato bem humorado da tentativa de um padre em ensinar os 10 mandamentos a uma tribo indígena, poligâmica, no início da colonização, no Brasil.

Vó Maria
Diretor: Tomás von der Osten
6 min
Sinopse: Memória em três tempos.

Mesera
Direção: Pedro Merege
11 minutos
Sinopse: Emílio Varela em seu carro vai cruzar a fronteira para uma “entrega especial” numa parada à beira da estrada conhece Camélia, a Mesera.


Serviço:
dia 08/11 (quinta)
excepcionalmente às 19h00
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Um Lago" de Philippe Grandrieux

O Cineclube Sesi Portão apresenta nesta quarta-feira, às 19h30, o filme "Um Lago" de Philippe Grandrieux. Em novembro vemos ainda o filme  "O Beijo Amargo" de Samuel Fuller (dia 21). Sempre com entrada franca.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Um Lago" de Philippe Grandrieux

Sinopse:
A história se passa em um país do qual nada sabemos: um país de neve e florestas densas em algum lugar ao norte. Uma família mora numa casa isolada, perto do lago. Alexi, o irmão, é um jovem de coração puro. Um lenhador. Extático, preso pelos ataques epilépticos, ele está completamente aberto à natureza que o cerca. Alexi é muito ligado à sua irmã mais nova, Hege. Sua mãe cega, seu pai e seu pequeno irmão mais novo são testemunhas silenciosas do seu imenso amor. Chega um estrangeiro, um jovem um pouco mais velho do que Alexi… 

Sobre o filme:
Um Lago parece uma representação audiovisual da pintura de Caspar David Friedrich. Não a primeira, já que F. W. Murnau e Aleksandr Sokurov empenharam suas câmeras na construção daquele tipo de “paisagens espirituais”, mas sem dúvida a que foi mais fundo na dimensão sagrada do Romantismo.
Philippe Grandrieux, o realizador, materializa em seu protagonista toda a angustiante incompletude evocada nos solitários de Friedrich. O medo, a solidão, a doença – Alexi é um ultra-romântico, condenado a ser um eterno fantasma perdido na natureza infinita.
Ao mesmo tempo reconhecemos nos enquadramentos, os rostos deformados de um Francis Bacon. A câmera convulsa, como um pincel, reconfigura traços e dissolve identidades.
É entre Friedrich e Bacon que Grandrieux erige sua obra: pintura de sons no tempo.

Miguel Haoni
(Cineclube Sesi, 2012)

Serviço:
dia 07/11 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão 
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)

ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Panoramas do Cinema Curitibano – Diálogos Possíveis I

Tudo começou com um fogão! Assim Elói Pires Ferreira começa a contar a jornada de Valdir e Rute, este casal de catadores de papel que atravessa Curitiba com seu carrinho em busca de seu sustento. Ainda estamos na década de 1990, no entanto as diferenças e os problemas sociais expostos na tela são comuns ainda hoje. O cotidiano da metrópole retratado por uma outra visão, um cinema curitibano que crescia, Elói depois parte para os longas metragens O Sal da Terra e mais recentemente Curitiba Zero Grau, ainda em cartaz na capital, neste último ele referencia novamente a temática dos catadores de papel, emplacando o cinema curitibano nas salas comerciais por várias semanas. Já no inicio dos anos 2000, Marcos Jorge apresenta a sua cíclica e fantástica narrativa em Infinitamente Maio, a curiosa e criativa sequencia de fatos que se repetem e se reinventam a todo o momento, elementos de humor negro e sensualidade que também, assim como Elói, vão se repetir em seu longa Estômago, que dividiu as telas do cinema ao lado de O Sal da Terra, nessa ocasião pela primeira vez dois longas curitibanos em cartaz simultaneamente no circuito comercial, fato que se repetiu agora com o novo longa de Elói Pires Ferreira e o longa Circular dos jovens realizadores Adriano Esturilho, Aly Muritiba, Bruno de Oliveira, Diego Florentino e Fábio Allon. Falando em jovens realizadores que obtiveram êxito em suas produções não posso deixar de citar Rafael Urban e André Senna, Urban com seu belo e delicado documentário Ovos de dinossauro na sala de estar, que retrata a senhora Ragnhild Borgomanero, sua coleção de fósseis e sua paixão. Paixão também que pode ser vista em Decisão Real de André Senna, a trajetória da jovem Janine em seu dia a dia sufocante, mas que não perde a esperança e a vontade no que ela mais ama. Quatro diferentes trabalhos, de momentos diferentes da cinematografia curitibana, mas que revelam o intrínseco talento, criatividade e qualidade deste cinema que está ficando cada vez mais evidente.
 Joel Schoenrock

(Curador convidado)

Barba Azul

Catherine Breillat é um dos principais nomes do New French Extremism, movimento alcunhado pelo crítico James Quandt ao perceber uma nova safra de filmes franceses com conteúdos transgressores.  Ao lado de Catherine, Quandt listou outros nomes que vem recebendo destaque nos últimos anos por essa característica: Gaspar Nóe, Bruno Dumont, Claire Denis, Bertrand Bonello, Jean-Claude Brisseau, entre vários outros. O que melhor exprime esse conceito é a ousadia nas abordagens dos respectivos realizadores, ou seja, é bastante vago definir um tema ou estética comum a todos os possíveis nomes.
            Os filmes de Catherine Breillat são polêmicos, provocativos, estranhos. Uma das características de sua filmografia é a forma com que ela concentra suas narrativas em elementos autobiográficos e em confissões sexuais. Ela se apropria de temáticas universais como sexo e violência, exprimindo a condensação desses dois elementos (muito mais interessada em sexo do que violência, ou melhor, o sexo como a violência).
            Barba Azul é a adaptação de um conto moral de Perrault sobre uma jovem garota que se casa com o nobre assassino de esposas. A diretora alterna a representação fidedigna do texto (o filme é fiel em aspectos de espaço-tempo no qual foi escrito pelo escritor) com a leitura da história feita por duas crianças no sotão de uma casa, isso feito em outro período histórico. Esses dois universos paralelos são completamente distintos. Através desse contraste entre dois mundos que a realizadora explora o universo infantil, permeando a obra com pontuações dramáticas e satíricas, dificultando a classificação da obra em algum gênero específico. O interessante nesse embate é a interferência no processo do fluxo narrativo do filme, questionando o próprio ato de narrar artístico. Esse dispositivo é enaltecido pelo rigor formal imposto através da decupagem, dos enquadramentos e da movimentação de câmera. Esses três níveis cinematográficos ajudam a criar uma eficiência e densidade no mote aparentemente ameno. A encenação frontal, por exemplo, é uma das formas de questionar a artificialidade narrativa e revelar o dispositivo da mise-en-scène. O conto moral se esvai num lento processo de mistério auto-reflexivo. Se antes utilizamos a palavra estranho para definir a filmografia de Breillat, é muito mais num sentido de causar estranhamento/distanciamento que numa fuga de padrões fílmicos. Esses cacoetes estão em plena sintonia com algumas tendências contemporâneas francesas (Eugène Green) e mundiais.  O cinema de Catherine Breillat é consciente disso e pincela recursos extremamente funcionais. A influência mais direta é o cinema do cineasta Manoel de Oliveira. Em “Singularidades de uma Rapariga Loura”, o diretor português também utiliza um conto moral para questionar e dissecar os padrões da linguagem narrativa cinematográfica.  A frontalidade é um subterfúgio caro ao teatro brechtiano que alcança ares de mediação no meio fílmico. Barba Azul também recorre ao choque final, inesperado, como em outro filme de Manoel de Oliveira – “Um Filme Falado”. Barba Azul trabalha nas entrelinhas a tensão, o terror e o humor. O filme foge dos clichês de adaptação literária e cria um ambiente rico de nuances e problematizações quanto à linguagem e a narrativa. Uma obra contemporânea por excelência, no melhor sentido do termo.

Lucas Murari – Atalante, 2012
(Curador convidado)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cineclube Sesi: Diálogos Possíveis I - 4 curtas curitibanos


Nesta quinta feira, dia 01 de novembro, o Cineclube SESI inicia o ciclo Panoramas do Cinema Curitibano, com quatro curtas-metragens de importantes realizadores locais são eles Infinitamente Maio de Marcos Jorge (Diretor do longa EstômagoValdir e Rute de Elói Pires Ferreira (Diretor do longa Curitiba Zero Grau) e os premiados filmes Ovos de dinossauro na sala de estar de Rafael Urban e Decisão Real de André Senna. O objetivo é iniciar uma discussão sobre a produção cinematográfica realizada na capital paranaense com sessões durante todo o mês de novembro. Após a sessão teremos um debate com os realizadores presentes.

Joel Schoenrock
(Curador convidado)

Cineclube Sesi: Diálogos Possíveis I - 4 curtas curitibanos


Infinitamente maio
SINOPSE: Raul chega em casa e encontra sua mulher fazendo sexo com outro. Um filme de amor, vingança, sexo, morte e corações maltratados (não necessariamente nesta ordem).Duração: 19 min e 0 seg.
Diretor: Marcos Jorge 

Valdir & Rute
SINOPSE: A trajetória de um fogão roubado altera a rotina de um casal de catadores de papel que luta pela sobrevivênciaDuração: 15 min e 0 seg.Direção: Eloi Pires Ferreira

Ovos de dinossauro na sala de estar  - Rafael Urban – 12’Sinopse: A alemã Ragnhild Borgomanero, de 77 anos, estudou fotografia digital e fez cursos de Photoshop e Premiere para manter viva a memória de seu falecido esposo, Guido, com quem reuniu a maior coleção particular de fósseis da América Latina.

Decisão Real – André Senna - 11’Sinopse: Decisão Real registra um momento na vida de Janine,uma jovem presa em um cotidiano sufocante.
Serviço:

dia 01/11 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep*
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
*Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.


Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

Mais informações:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Barba Azul" de Catherine Breillat

O Cineclube Sesi Portão apresenta nesta quarta-feira, às 19h30, o filme "Barba Azul" de Catherine Breillat, com comentários de Lucas Murari do Coletivo Atalante. Em novembro vemos ainda os filmes "Um Lago" de Philippe Grandrieux (dia 7) e "O Beijo Amargo" de Samuel Fuller (dia 21). Sempre com entrada franca.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Barba Azul" de Catherine Breillat

Sinopse:
Catherine adora assustar a sua irmã mais nova, Marie-Anne, lendo a história do Barba Azul, rei que mata as três esposas, no clássico conto de Charles Perrault. Na França dos anos 50, as duas irmãs brincam no sótão de casa, e Catherine faz encenações no papel de Marie-Catherine, a quarta e última esposa, que escapa do destino trágico ao conquistar o coração do marido. Por ser um bela virgem, ela faz o nobre hesitar e sucumbir. Nesta versão, o Barba Azulé baseado em Gilles de Rais, soldado francês c
  ontemporâneo de Joana d’Arc e famoso assassino de crianças.

Sobre o filme:
Barba Azul é a adaptação de um conto moral de Perrault sobre uma jovem garota que se casa com o nobre assassino de esposas. A diretora alterna a representação fidedigna do texto com a leitura da história feita por duas crianças no sotão de uma casa. Através desse contraste entre dois mundos que a realizadora explora o universo infantil, permando a obra com pontuações dramáticas e satíricas, dificultando a classificação da obra em algum gênero específico. 

Lucas Murari - Atalante, 2012
(Curador convidado)

Serviço:
dia 31/10 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão 
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)

ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cineclube Sesi: Panoramas do Cinema Curitibano

"Durante o mês de novembro o Cineclube SESI apresenta o ciclo Panoramas do Cinema Curitibano. Serão ao todo 18 realizadores, dos mais importantes da capital paranaense ou radicados aqui, divididos em quatro mostras (sempre às quintas feiras, às 19h30), cujo objetivo é expor um grande panorama da produção curitibana. Nas duas primeiras sessões, dias 01 e 08 de novembro, tentaremos explorar os Possíveis Diálogos entre diferentes realizadores como Marcos Jorge, Rafael Urban, Geraldo Pioli e Aly Muritiba. No dia 22 de novembro a discussão gira em torno de filmes que apresentem algum tipo de novo olhar sobre a produção cinematográfica, como os trabalhos de Fernando Severo e Tamiris Spineli. Por fim, no dia 29 de novembro serão apresentados retratos curitibanos, a capital paranaense e seus habitantes, representados na tela como nos trabalhos de Estevan Silveira e Danilo Pschera. Em todas as mostras teremos realizadores presentes para comentar os trabalhos após as sessões. Além dos cineastas citados, teremos nas mostras trabalhos também de Elói Pires Ferreira, Diego Florentino, Tomás Von der Orsten, Pedro Merege, Beto Carminatti, Eugênia Castello, Rafael Lopes e Alexandre Rafael Garcia."

Joel Schoenrock
(Curador convidado)


Programação:
01 de novembro - Diálogos possíveis I
Infinitamente Maio – Marcos Jorge – 2003 - 19’
Valdir e Rute – Elói Pires – 15’ – 1997
Ovos de dinossauro na sala de estar – 2011 – Rafael Urban – 12’
Decisão Real – André Senna – 2011 - 11’

08 de novembro - Diálogos possíveis I I
(excepcionalmente às 19h00)
Com as próprias mãos – 2008 - Aly mutitiba – 15’
O Muro – Diego Florentino – 2009 – 6’
Aldeia – Geraldo Pioli – 2000 – 11’
Vó Maria – Tomás Von der Orsten – 2011 - 6’
Mesera – Pedro Merege - 2011 – 11’

22 de novembro - Novos Diálogos
Se Você Deixar o Coração Bater sem Medo - Tamíris Spinelli – 2012 – 7’
Eternamente – Beto Carminatti – 2003 - 15’
Visionários – Fernando Severo – 2002 – 15’
Hollywood – Laura Montalvao, Marcos Serafim, Thiago Benites – 2009 - 8’
Iaia et leni - Eugênia Castello - 2011 – 2’5’’

29 de novembro - Diálogos Curitibanos
Ultra Lirycs – Rafael Lopes – 2011 – 15’
Em Busca de Curitiba Perdida - Estevan Silveira – 2008 - 13’57’’
Norte Sul Leste Oeste – Danilo Pschera – 2006 – 18’
Pastoreio – Alexandre Rafael Garcia – 2009 - 17’

Serviço:
Sessões às quintas-feiras
às 19h30
Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep**
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA

** Sala com 25 lugares, sujeita à lotação.

Realização: Sesi
Apoio: Processo Multiartes
Mais informações: