Sábado, dia 1° de março, às 14:00
DURANTE O GROTESC O VISION, promovido pela Vigor Mortis!
Autores: Adrienne Boutang (tradução de Demian Garcia), Alexandre Magno, André Loiselle (com tradução de Paulo Biscaia Filho), Cauby Monteiro, Christofer Pallú, Fernando Costa, Graziela Braz, Guilherme Luiz Lourenço Gomez, Letícia Weber Jarek, Matheus Kerniski, Miguel Haoni, Paulo Vitor Mineiro Costa, Rodrigo Carreiro e Taynan de Carvalho
SINOPSE
Como um dos ensaios deste livro propõe um cotejo entre o cinema de terror italiano e a Divina Comédia, desejamos aos bem-aventurados que adentram pelos caminhos tortuosos do horror, que o triângulo que representa a obra de Dante Alighieri possa-lhes servir de amparo: Dante, o homem; Virgílio, a razão, e Beatriz, a fé. Porém, dar-se conta de nuances nessa trinca se faz necessário ao caminhar pelas palavras do presente livro. O homem cá está na sua diversidade de faces, seja na introspecção infantil com que absorve o mundo (como no ensaio sobre o medo e a infância), ou no teatro de escuridão que condiciona tanto o que ele subjuga quanto o que o torna subjugado (como nos ensaios sobre Kiyoshi Kurosawa e o Grand Guignol). Para se chegar também ao homem, estudos sobre as formas, os objetos, os mundos que o revelam. A cosmogonia dos autores: de Argento a Mojica. E para a imersão do homem nesses universos onde o que impera é um pacto de fé, uma convicção capaz de abolir a arbitrariedade e a verossimilhança, oferecemos assim um terreno em que o que importa é a essência. Nos artigos aqui presentes sobre cinematografias (do horror em continentes distintos, no período mudo), sobre novos olhares de subgêneros a serem descobertos ou redescobertos por nós (Slasher, found footage, torture porn), sobre interseções que procuram perfurar as aparências (‘Da impureza como categoria política’), o objetivo primordial deste livro foi o de servir ao leitor – nosso Dante –, como uma espécie de Virgílio que seja capaz de o conduzir em meio a tantas recriações do gênero, empreendidas pelas obras e suas questões. Sem impor a razão ou os fins, mas à procura de caminhos para o além, que transcende a crença da troca entre o espectador e o filme, o leitor e o livro, sem limites na busca de sua Beatriz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário