terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cineclube Sesi: "Female Convict Scorpion Jailhouse 41", de Shunya Ito

Nesta quinta-feira, dia 26, o Cineclube Sesi apresenta o filme "Female Convict Scorpion Jailhouse 41" de Shunya Ito, encerrando o ciclo Cinema Moderno Japonês.
Sempre com entrada franca!


Cineclube Sesi apresenta: "Female Convict Scorpion Jailhouse 41", de Shunya Ito

Muitas vezes colocado como o melhor filme da série, Jailhouse 41 é o que mais se difere dos demais, tanto pela sua abordagem estética que mostra o amadurecimento de Ito como cineasta quanto ao conteúdo místico e sombrio, apelando para elementos quase surreais e com grande influência do mestre Kenji Mizoguchi e mais ainda de Suzuki Seijun. Matsu está novamente em uma prisão, mais madura e conseqüentemente mais selvagem e forte, até o momento em que foge com outras prisioneiras dando início a uma jornada pessoal de cada uma delas envolta a muita filosofia e culpa visualizada através de grande simbolismo.
Serviço:
dia 26/09 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
 

Realização: Sesi 
 
 (
 http://www.sesipr.org.br/cultura/)
Produção: Atalante (http://coletivoatalante.blogspot.com.br/)

Um comentário:

  1. Cinéfila do Batel, encantada com contos de fadas, pés de bailarinas e estrelas cintilando no céu azul, Scorpion me deixou atordoada. Desde os primeiros minutos do filme: uma câmera que cai até o fundo de um calabouço, onde se escuta o ruído angustiante de uma arma branca sendo afiada. Do que se trata, seria cruel revelar.

    O que mais me choca é, talvez, a minha leitura, quem sabe equivocada: a abordagem amoral de crimes cometidos de parte a parte, encarceradas e carcereiros, numa espécie de hino libertário onde se poderia prescindir da lei e seu poder civilizatório.

    Assim, melhor teria sido ver o filme sem legendas, entregue à pureza absoluta das imagens em movimento, sem me contaminar com a quebra de um princípio que subscrevo: a de que toda estética implica uma ética e fazer-se mensageiro da liberação do mal é tão tolo quando hastear a bandeira do bem.

    Descolada da história, aí sim, talvez, tivesse podido usufruir melhor o que não passou batido: a construção cuidadosa do personagem – heroína verdadeira, na medida que mais efeito que causa de seus atos; o encontro com Medeia, que a confronta a título de “sou pior que você” e acaba salvando-a da execução; o destaque que lhe dão, a Scorpion, a beleza serena do rosto, a moldura impecável dos cabelos, a incisão cortante do olhar, o silêncio obstinado e a elegância fluida do gestual, na postura e no movimento, culminando com a tomada de lugar na posição de lobo líder da matilha.

    Vera Lúcia de Oliveira e Silva

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