Sempre com entrada franca!
Cineclube Sesi apresenta: "Onibaba", de Kaneto Shindô
Sinopse:
éculo 14, um Japão feudal destruído por guerras civís. Esperando o filho que está na guerra, uma mulher e sua nora sobrevivem em uma aldeia através de tocaias que armam contra guerreiros samurais, matando-os e vendendo seus pertences em troca de comida. Com a chegada de um guerreiro fugitivo, a mãe teme que a nora a abandone pelo soldado, pondo em prática um plano diabólico para manter a companhia da garota.
Sobre o filme:
Desde “Cidadão Kane” e “Roma, Cidade Aberta” o cinema moderno assumiu a missão de dizimar a política-estética do paradigma clássico. Vide as realizações dos “Cinemas Novos” que surgiram através do mundo, seja na França, no Brasil, na Alemanha ou nos Estados Unidos.
No Japão, um grupo de jovens (e não tão jovens) cineastas resolveu empunhar suas câmeras e assumir os riscos de duelar com o cinema de seus pais. Influenciados pelo espírito libertário dos anos 60, assumiram como bandeira um dos grandes tabus em seu país: a representação da sexualidade e do erotismo.
“Onibaba” de Kaneto Shindô é um dos exemplares mais radicais daquela que se convencionou chamar de “Nouvelle Vague japonesa”. Ao eleger a miséria em tempos de guerra como base para a sua alegoria fantástica, o diretor e roteirista lança luz na grande “experiência não trabalhada” do inconsciente japonês: os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki.
É na construção das imagens, contudo, que Shindô desfere o seu golpe: sua encenação da hipocrisia moral nas relações é um grito de basta ao familiar e tradicional jantar de Ozu; sua representação do amor lascivo no coração da miséria é um corte seco na sutileza poética de Mizoguchi.
O cinema moderno pode não ter suplantado a força do cinema clássico mas sem dúvida conseguiu, através do enfrentamento, o lugar de honra à mesa. Shindô conseguiu através de seu “Onibaba” lutar com os mestres equilibradamente e se fazer ouvir. Com dignidade, acima de tudo.
No Japão, um grupo de jovens (e não tão jovens) cineastas resolveu empunhar suas câmeras e assumir os riscos de duelar com o cinema de seus pais. Influenciados pelo espírito libertário dos anos 60, assumiram como bandeira um dos grandes tabus em seu país: a representação da sexualidade e do erotismo.
“Onibaba” de Kaneto Shindô é um dos exemplares mais radicais daquela que se convencionou chamar de “Nouvelle Vague japonesa”. Ao eleger a miséria em tempos de guerra como base para a sua alegoria fantástica, o diretor e roteirista lança luz na grande “experiência não trabalhada” do inconsciente japonês: os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki.
É na construção das imagens, contudo, que Shindô desfere o seu golpe: sua encenação da hipocrisia moral nas relações é um grito de basta ao familiar e tradicional jantar de Ozu; sua representação do amor lascivo no coração da miséria é um corte seco na sutileza poética de Mizoguchi.
O cinema moderno pode não ter suplantado a força do cinema clássico mas sem dúvida conseguiu, através do enfrentamento, o lugar de honra à mesa. Shindô conseguiu através de seu “Onibaba” lutar com os mestres equilibradamente e se fazer ouvir. Com dignidade, acima de tudo.
Miguel Haoni, 2009
Serviço:
dia 12/09 (quinta)
às 19h30na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
às 19h30na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA
Realização: Sesi
(
http://www.sesipr.org.br/Produção: Atalante (http://coletivoatalante.
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