segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cineclube Sesi Portão: "Terror na Ópera", de Dario Argento

O Cineclube Sesi Portão apresenta no dia 2 de outubro (quarta), às 19h30, o filme "Terror na Ópera" de Dario Argento. Ainda em outubro serão exibidos "Um Retrato de Mulher" de Fritz Lang (16/10) e "Por Trás da Máscara" de Scott Glosserman (30/10). Entrada franca sempre.

Cineclube Sesi Portão apresenta: "Terror na Ópera", de Dario Argento

Sinopse:
Betty é uma jovem e insegura cantora de ópera que ganha sua grande chance quando a diva Mara Cecova, atriz principal de uma montagem de MacBeth, de Verdi, é atropelada e quebra uma perna. Chamada para substituí-la, Betty aceita, apesar de sentir um mau pressentimento. Sua performance é saudada por todos, enquanto um assassinato acontece em um dos balcões do teatro. A partir daí, o assassino, obcecado por Betty, começa a matar todos os que tentam se aproximar dela. Em seus crimes, ele emprega ainda um requinte de crueldade: faz questão de que ela seja sua espectadora.

Sobre o filme:
Desde sempre a sétima arte convive com a vontade de parte dos cineastas, críticos e público de agregar ao cinema a chancela acadêmica (filosofia, psicologia, sociologia, história) ou atrelá-lo a um projeto moralizante com fins "humanitários".  Isto revela uma desesperada busca  por dar credibilidade e seriedade a este "divertimento de feira", esta "molecagem", através de um uso covarde de muletas teóricas.
Tal perspectiva resulta da absoluta falta de fé destes falsos amantes no cinema e em seu valor específico - o mesmo desprezo que autoriza o senso-comum a afirmar que tal história em quadrinhos é tão boa que parece literatura.
Dario Argento, um dos maiores gênios do cinema, afirma neste "Terror na Ópera" de 1987, a absoluta nobreza do movimento, da sombra e das cores. O filme extrai sua poesia não de cristais ou rizomas, mas de travellings e close-ups (estas sim categorias essenciais do cinema, apesar de insistentemente desprezadas).
A história é a de sempre: jovem frígida é perseguida por assassino sádico. Ambos estão conectados por traumas de infância no mais superficial freudismo.
A beleza do filme, entretanto, está em como Argento manipula esta matéria batida na construção de uma escrita cinematográfica excitante, perturbadora e profunda, promovendo um vôo onírico e violento pelo reino das imagens.
Dario Argento convida o espectador a ousar um mergulho num cinema puro e a descobrir a força transcendente desta desrespeitada tradição artística.

Miguel Haoni, 2011

Serviço:
dia 02/10 (quarta)
às 19h30
no Teatro do Sesi no Portão 
(Rua Padre Leonardo Nunes, 180 – entrada pela rua lateral Rua Álvaro Vardânega)
 
ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi 
   
  (
http://www.sesipr.org.br/cultura/)
      

Produção: Atalante 
(http://coletivoatalante.blogspot.com.br/)

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